segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Escândalo de corrupção no Detran do Alckmin semelhante ao de Yeda Crusius


O Detran de São Paulo é alvo de uma investigação sobre que fim levou R$ 30 milhões arrecadados com o seguro obrigatório de veículos, o DPVAT.
As investigações apontam para contratos superfaturados de terceirização e licitações burladas.
O Detran manteve um convênio com a Associação Brasileira dos Bancos Estaduais e Regionais (ASBACE), entre 2001 e 2007 (Governo Alckmin), onde repassava o dinheiro do DPVAT para entidade, e esta, contratava empresas para fornecer mão de obra ao departamento. Através desta triangulação, as empresa cobravam R$ 7.739,00 por motorista de diretoria, mas o trabalhador só ganhava R$ 1.500,00. Este é apenas um exemplo de superfaturamento.
O convênio foi suspenso em 2007 pela direção do DETRAN, sob o argumento de uma lei estadual não permitir que o órgão firmasse diretamente o convênio. Mas, curiosamente, a data coincide com a deflagração da Operação Aquarela.
Entidade já foi alvo da Operação Aquarela
Duarante a Operação Aquarela (junho/2007) promotores do Distrito Federal em conjunto com a Receita Federal, apontaram o suposto esquema:
- O BRB (Banco Regional de Brasília), contratava a mesma ASBACE (associação sem fins lucrativos, em seu estatuto) sem licitação, para terceirização dos serviços bancários;
- A ASBACE repassava o serviço à uma empresa privada (ATP);
- O dono da ATP compunha a diretoria da ASBACE;
- Os promotores confirmaram que a Asbace cobrava 30% para intermediar a contratação, logo deduziram que se os serviços fossem contratados diretamente por licitação, haveria uma economia de 30% para os cofres públicos, pelo menos.
Mesmo esquema foi usado pela "Nossa Caixa" no governo Alckmin
O mesmo esquema do BRB, foi usado pela "Nossa Caixa", quando era controlada pelo governo tucano paulista.
O banco sob gestão tucana, contratou a ASBACE sem licitação, usando uma brecha na lei estadual, alegando que a entidade era sem fins lucrativos.
A ASBACE, que não tinha estrutura própria para fazer o serviço, contratava outra empresa escolhida “a dedo”, sem licitação. Assim a lei era burlada.
De 1998 a 2006, R$ 752 milhões saíram dos cofres públicos da "Nossa Caixa" para a ASBACE em onze contratos, a maioria no governo Alckmin.
No governo Yeda a mesma tecnologia tucana de corrupção
O escândalo de corrupção no Detran gaúcho, no governo Yeda Crusius (PSDB/RS), usou a mesma tecnologia tucana de corrupçao: usava uma entidade externa (uma fundação da Universidade de Santa Maria) para desviar o dinheiro público.
(Com informações da Ag. Estado)


Lucro da Petrobrás é espetacular: R$ 35 bi. Alô, alô, Globo ! Vai encarar ?


Só para irritar o Ali Kamel

Saiu no G1:

Petrobras tem lucro líquido recorde de R$ 35,2 bilhões em 2010
Valor representa alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões de 2009. No quarto trimestre, ganhos chegaram a R$ 10,6 bilhões.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

A Petrobras fechou 2010 com lucro líquido recorde de R$ 35,189 bilhões, alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões apurados em 2009. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Almir Guilherme Barbassa, em entrevista coletiva na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. “Fizemos a maior capitalização da história, de R$ 120 bilhões”, destacou o diretor.

Somente no quarto trimestre do ano passado, a estatal registrou lucro líquido de R$ 10,602 bilhões, valor 24% superior aos R$ 8,566 bilhões do trimestre anterior. “O quarto trimestre também foi recorde para a empresa”, destacou Barbassa.

“Alguns dos fatores que levarem ao lucro recorde foram a redistribuição do portfólio financeiro, que gerou menos impacto para as contas da empresa. O processamento de 4% a mais de óleo nacional, o aumento do refino de diesel, o nível de geração e de venda de gás também aumentou muito. Tudo isso contribuiu para esse resultado”, detalhou o diretor.

Barbassa também falou a respeito do aumento da produção da Petrobras. “A produção de gás natural cresceu 5% em 2010, em comparação com 2009. A atividade econômica crescente no Brasil provocou uma demanda muito grande pelo gás natural e, claro, por outros tipos de gás, como o GLP (gás liquefeito de petróleo), entre outros combustíveis. Entretanto, com a produção de gás ainda é muito menor do que a de petróleo, o aumento da produção total ficou em 2%”, explicou.

Em 2010, a Petrobras investiu R$ 76,411 bilhões, ante R$ 70,757 bilhões em 2009. “O investimento em 2010 ficou 14% abaixo do que esperávamos investir. Mas isso já esperado, pois ocorrem atrasos em entregas de equipamentos, algumas licitações não são feitas”, disse o diretor.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) — que mede a capacidade de geração de caixa — foi de R$ 60,323 bilhões no ano, com alta de 1,4%, e atingiu R$ 14,584 bilhões no trimestre, um aumento de 1,9%.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Administração aprovou o pagamento R$ 2,217 bilhões de juros sobre o capital próprio, que corresponde a R$ 0,17 por ação. Ainda vão ser pagos R$ 1,565 bilhão de dividendos”

O balanço está de acordo com os padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS).(Com informações do Valor Online)



O Globo é o jornal que tenta destruir a Petrobras desde que foi fundada pelo Dr Getulio, em 1953.
Na época, o Roberto Marinho trabalhava de mãos dadas com o Assis Chateaubriand e a Embaixada americana.
Hoje, com o Estadão, Roberto Campos, o resto do PiG (*) e a Chevron do Cerra.
E talvez a Embaixada americana, nunca se sabe.
É preciso esperar pelo WikiLeaks.
O record espetacular desmoraliza os jenios neoliberais que ocupam os jornais do PiG (*) para subir na vida à custa da Petrobras.
Recentemente, o
Economista-Chefe do banco espanhol Santander tentou desqualificar a Petrobras num debate público.
Ele disse também que no Orçamento da União, com a Dilma, cabe qualquer coisa.
Deve ser alguma viúva da Petrobrax, que o Nunca Dantes sepultou no fundo do mar, ao lado da P-36.
Como diz um blogueiro ansioso: a eleição de 2010 foi sobre o pré-sal.
A de 2014 também será.
Quem mandará no pré-sal: o povo brasileiro ou a Chevron do Cerrra ?
Em tempo: liga o Vasco. É o maior lucro de uma empresa negociada na Bolsa do Brasil. Quem vai cortar os pulsos é aquele Agnelli da Vale.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Kassab vai passear. Feldman também. Você sabe quem paga a conta?


O tucano Walter Feldman, ganhou de presente do prefeito de São Paulo, o demo, Gilberto Kassab, um presentão pago com dinheiro dos cofres públicos; Passagens e estadia em Londres. Para fazer nada!.
Em declaração hoje á imprensa, Feldman disse que não vai ficar passeando. Vai ser "correspondente" da prefeitura paulistana para acompanhar os preparativos da Olimpíada de 2012, que será realizada em Londres.

Detalhe que os meus queridos leitores precisam lembrar: São Paulo não será sede de Olimpíada nenhuma. O Rio, sim.

Ou seja: o tucano Feldman, não fica nem um pouco constrangido por ocupar cargo decorativo na administração pública. Nem o tucano José Serra lembra de comentar.

Falando em Kassab, ele também vai passear. Ele ficará uma semana na França, entre os dias 6 e 12 de março. Lá, deve passar por Paris, Cannes, Marselha e Lyon. A desculpa para a farra com dinheiro público é: Ele diz que participará de uma feira de políticas públicas.

Blogueiros e imprensa fazem juiz voltar atrás: censura ao jornalista Lúcio Flávio Pinto

Manuel Dutra
Jornalismo, Ciência, Ambiente



Saiu na Folha com atraso, mas saiu.
A repercussão do despacho do juiz Antônio Carlos Aalmeira Campelo(de paletó), censurando o Jornal Pessoal, do jornalista Lúcio Flávio Pinto (de camisa), de Belém, motivou a tomada de "um outro rumo".
A censura foi parcialmente suspensa.
O juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, da Justiça Federal do Pará, revogou uma intimação que ameaçava um jornalista de prisão em flagrante caso publicasse informações sobre o processo envolvendo Rômulo Jaiorana Júnior e seu irmão, Ronaldo, donos do segundo jornal mais lido de Belém.
O despacho, assinado na terça-feira, dizia que Lúcio Flávio Pinto, do "Jornal Pessoal", ficaria sujeito ainda a multa de R$ 200 mil por qualquer notícia publicada sobre o assunto.
O processo contra os Maiorana trata de fraudes em recursos geridos pela Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). Entre os réus, estão os irmãos Rômulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, empresários do grupo de comunicação Liberal.
Em entrevista à Folha, Campelo disse que não teve a intenção de proteger os réus nem de censurar a imprensa.Segundo ele, o documento apenas servia de alerta ao jornalista sobre o sigilo do processo. Qualquer pessoa que divulgasse informações secretas, diz, estaria sujeita a responder por isso.
O juiz também revogou parcialmente o sigilo do processo. Dados fiscais dos réus, por exemplo, continuam sem poder ser divulgados, diz o magistrado.
Numa edição do "Jornal Pessoal", Flávio Pinto, 61, relatou uma audiência ocorrida em 1º de fevereiro. Segundo o texto, Campelo agiu na sessão de forma "cordial". O jornalista diz que ouviu o relato de uma "fonte segura", já que não estava no local.
Até o começo do mês, o processo não era sigiloso. O juiz diz que tomou a decisão após perceber "intensa" atenção da imprensa local.
"Imagine uma situação com dois órgãos de imprensa que são, de forma clara, inimigos. Um pegar documentos fiscais, contábeis, extratos bancários [do outro] e sair jogando na mídia.
"Ele fala que voltou atrás na decisão ao ver a repercussão do despacho. Para o magistrado, a situação tomou "um outro rumo".
A reportagem procurou advogados dos irmãos Maiorana, mas não obteve resposta.
Imagem: pa.trf1.gov.br


Trabalhadora não precisa se alimentar, não é chique

Blog do Celso Jardim
Muito Além do Jardim


Clube obriga babá a usar branco e barra ida a restaurante.

O crachá deve estar sempre no pescoço e a roupa deve ser toda branca. Em alguns dos mais tradicionais clubes de São Paulo, não basta às babás apresentarem carteirinha, como os sócios. É preciso estar trajada de acordo com as regras.
É assim no Pinheiros, no Paineiras e no Paulistano, todos na zona oeste, cujos títulos chegam a R$ 25 mil.

No Pinheiros, algumas babás relatam que são cobradas a usar calçados fechados, mesmo em dias quentes. No Paulistano, é preciso usar "sapatênis, sapatos ou tênis da mesma cor do uniforme".

"Acho discriminação", diz a babá Silvana Santana, 36, que vai ao Pinheiros duas vezes por dia. Na semana passada, ela teve apreendida sua carteirinha (onde se vê escrito "acompanhante") porque vestia bermuda jeans e blusa branca. Foi avisada de que só o patrão poderia retirar o documento.

Outra passou por uma "blitz de babás" e teve a carteirinha retida, pois não usava branco. Ficou "constrangida e envergonhada."

Sua empregadora, que preferiu não se identificar, afirma que ficou tão incomodada que enviou uma carta ao clube explicando que ela não usa uniforme em casa e pedindo que não tivesse de fazê-lo no clube. "Foi indeferido. Alegaram que é regra.

Juliana Rodrigues, 25, também babá, diz que já lhe chamaram a atenção no Pinheiros porque sua blusa branca tinha "uma florzinha no canto" e porque usava sandália "neste calor".

Diz ainda ser proibida de ir ao restaurante acompanhada apenas das crianças e conta que um sócio já pediu que ela se levantasse de um banco perto da piscina.

Com UOL


GOVERNO LULA : "O aluguel ficou no passado, assim como o emprego informal, o salário instável e o endereço na favela"

APOSENTADO INVOCADO





Família de Lulinha dá início a um novo tempo.
Eles deixaram a informalidade e o aluguel em três meses após encontro com presidente.
POR CHRISTINA NASCIMENTO

Rio - O aluguel ficou no passado, assim como o emprego informal, o salário instável e o endereço na favela. Os tempos são outros na casa — agora própria — da família do estudante Luiz Inácio Matias da Silva, o Lulinha, 8 anos. Mudanças que começaram há três meses, quando o garoto, os pais e os quatro irmãos se encontraram com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio. Histórias que têm rumos diferentes, mas origem e desfecho em comum: ambos foram retirantes do Nordeste que vieram tentar a vida na cidade grande. E venceram.


Na primeira casa no asfalto: Lulinha, a mãe Itônia, o pai Francisco Matias, a irmã Jaíne e os irmãos Fernando (de cinza) e Juvenal (de preto) Foto: Fernando Souza/ Agência O Dia.

“Agora, a gente paga pelo imóvel que é nosso. Não pensei que isso um dia aconteceria. Isso é só o começo. Já temos alguma coisa para deixar para nossos filhos”, festeja a mãe do estudante, Itônia Matias da Silva, 33. O apartamento de cerca de 40 metros quadrados, com dois quartos, um banheiro, sala e cozinha, na Rua Visconde de Niterói, Conjunto Mangueira II, que custa R$ 50 mensais, é a primeira moradia no asfalto dos Silva e foi adquirido pelo programa ‘Minha Casa , Minha Vida’, do governo federal.
Entre as novidades de quem já não mora no Morro Camarista Méier, na Zona Norte — residência da família desde que chegou do Rio Grande do Norte há nove anos e onde viveram na miséria —, está o quarto de casal.Antes, a casa era alugada por R$ 300, valor que comprometia quase metade da renda da família. Itônia e o marido Francisco Canindé da Silva, 36, dormiam na sala e cediam o único quarto para os filhos Felipe, 17; Fernando, 16; Juvenal 14; Jaíne, 12; e Lulinha.
O encontro em novembro com o presidente Lula, no Hotel Copacabana Palace, em Copacabana, rendeu mais do que a mudança imobiliária. Francisco que, até então, vivia de biscates na área da construção civil, ganhou emprego de carteira assinada em empresa terceirizada da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), em Quintino. Atualmente, na função de servente de manutenção, Francisco recebe o salário de R$ 792, mais auxílios para o transporte e a alimentação.
Na mesma instituição, mas na unidade de Manguinhos, o servente começa, ainda nesta semana, um curso de formação como eletricista, além de voltar à sala de aula para completar os estudos, interrompidos no 7º ano do Ensino Fundamental.
“Já me falaram lá no emprego que, com a formação profissional, em quatro ou cinco meses, vou conseguir ganhar, em média, R$ 1.500. É um dinheiro que nunca recebi na vida”, comemora o pai de Lulinha.



http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/2011/02/por-que-lula-o-aluguel-ficou-no-passado.html

Vencedores do Oscar 2011

- Melhor filme: "O Discurso do Rei"

- Melhor ator: Colin Firth, por "O Discurso do Rei"

- Melhor atriz: Natalie Portman, por "O Cisne Negro"

- Melhor diretor: Tom Hooper, por "O Discurso do Rei"

- Melhor ator coadjuvante: Christian Bale, por "O Lutador"

- Melhor atriz coadjuvante: Melissa Leo, por "O Lutador"

- Melhor roteiro original: "O Discurso do Rei"

- Melhor roteiro adaptado: "A Rede Social"

- Melhor filme estrangeiro: "Em Um Mundo Melhor", Dinamarca

- Melhor trilha sonora: "A Rede Social"

- Melhor canção original: "Toy Story 3", com "We Belong Together"

- Melhor fotografia: "A Origem"

- Melhor montagem: "A Rede Social"

- Melhor direção de arte: "Alice no País das Maravilhas"

- Melhor figurino: "Alice no País das Maravilhas"

- Melhores efeitos especiais: "A Origem"

- Melhor animação em longa-metragem: "Toy Story 3"
- Melhor animação em curta-metragem: "The Lost Thing"

- Melhor mixagem de som: "A Origem"

- Melhor edição de som: "A Origem"

- Melhor maquiagem: "O Lobisomem"

- Melhor curta-metragem: "God of Love"

- Melhor documentário em curta-metragem: "Strangers No More"

- Melhor documentário: "Trabalho Interno"


Leia mais em: ЭSQUЭЯDФPATA: Vencedores do Oscar 2011 Under Creative Commons License: Attribution




quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Rei saudita libera saco de bondades para evitar ser a bola da vez


O rei Abdullah, da Arábia Saudita, anunciou um saco de bondades para a população, num pacote de US$ 35 bilhões de dólares.
As medidas incluem recursos para compensar a inflação em alta, ajuda a jovens desempregados e financiamento de estudos no exterior.
A decisão é vista como preventiva contra insatisfação popular que possa levar à protestos e deposição, como ocorre em outros países árabes.
O pacote não inclui nenhuma reforma política. O regime do país é uma monarquia absolutista, não tem parlamento eleito, é intolerante com dissidentes políticos, e sequer tem eleições diretas municipais, o que tem desagradado parte da população que anseia por mais liberdade.
O país é tradicional aliado dos Estados Unidos, tanto economicamente na exploração de petróleo, como belicamente.
O rei, de 87 anos, viajou para os Estados Unidos em novembro para tratamento de uma hérnia de disco, fez uma cirurgia em Nova York. No último mês estava convalescendo no Marrocos, mas com rebeliões pipocando em todos os regimes totalitários árabes, retornou ao país na quarta-feira, e anunciou o pacote de bondades na TV estatal.
(Com informações da Ag. Reuters).


Senadora do DEMos vota contra o partido


O projeto de lei que fixa a regra de reajuste do salário mínimo até 2015 seguindo o acordo negociado com as centrais sindicais no governo Lula, foi aprovado no Senado.
Por este projeto de lei, o salário mínimo ficará em R$ 545,00 este ano, e no ano que vem ficará próximo de R$ 620,00 já que o reajuste será pela soma da Inflação (INPC) com o crescimento do PIB de 2010, em torno de 7,5% (o número exato ainda está sendo computado).
Os destaques da oposição não foram aprovados.Curioso foi o voto da senadora ruralista Kátia Abreu do DEMos (TO). Ela votou com o governo pelos R$ 545,00. Os ruralistas não devem estar nada satisfeitos em ter que dividir um pouquinho mais de seus lucros, pagando um salário mínimo cada vez mais alto, com a regra de aumentos reais pelo crescimento do PIB, que vem desde o governo Lula e continuará até o final do governo Dilma.
A senadora é uma das que está costeando o alambrado para abandonar o barco do DEMos, assim como Kassab.
Tucano adesista
O senador Cyro Miranda (PSDB/GO), suplente que assumiu a vaga no senado do agora governador Marconi Perillo (PSDB-GO), fugiu do plenário para não votar contra o governo na emenda dos demo-tucanos. A "viagem" arrumada de uma hora para outra, foi após uma audiência de Perillo com o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, na segunda-feira.

Empreendimentos de Eike Batista recebem licença ambiental apesar das condicionantes


O Porto de Açu deverá ser um dos maiores do mundo


Por Redação - do Rio de Janeiro e São Paulo


O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou, nesta quarta-feira, que pretende conceder a licença ambiental para a construção do complexo do Porto do Açu, do empresário Eike Batista, que inclui a construção de porto, estaleiro, usina térmica a gás natural, entre outros empreendimentos previstos. O governo exigiu em contrapartida condicionantes no valor de R$ 65 milhões, que será rateado entre os investidores do complexo.

O complexo industrial do Porto do Açu já conta com parcerias de empresas como a japonesa Hyundai, que terá participação no estaleiro, da chinesa Wuhan Iron and Steel (Wisco), que pretende construir uma siderúrgica, entre outras.

– Além da compensação ambiental para investimentos em unidade de conservação, haverá uma substancial compensação para saneamento e também a obrigação de se investir na preservação da biodiversidade da região – explicou a secretaria estadual do Ambiente nesta quarta-feira em seu site.

Grupo Bertin

Em contraponto à notícia de que o Porto de Açu receberá a licença para a construção do complexo industrial, o empresário Eike Batista também soube das dificuldades do Grupo Bertin para levar adiante os ambiciosos projetos em que se envolveu nos últimos anos. O campo agora está livre para os investimentos de Batista na área elétrica. O Bertin ofereceu algumas termoelétricas à Cemig, que a princípio não se interessou. Agora, a empresa negocia com outros investidores, entre eles a MPX, de Batista.

O grupo desistiu na semana passada de seu lance mais audacioso, a hidrelétrica de Belo Monte, afirmando que pretendia priorizar outros empreendimentos. A decisão forçou o governo a correr atrás de um substituto para fechar o consórcio Norte Energia, que vai explorar a usina.
Quatro empresas estão na mira do governo: Vale, CSN, Alcoa e Gerdau. A Vale já foi procurada.
Na semana passada, a mineradora recebeu de Valter Cardeal, executivo da Eletrobras e homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, convite para voltar ao empreendimento – a empresa era sócia do consórcio que perdeu a disputa por Belo Monte. Ontem, executivos da Vale se reuniram em Brasília para começar a avaliar as condições do negócio. O substituto do Bertin precisa ser definido logo, para que as obras comecem antes das cheias no Rio Xingu.

A desistência de Belo Monte criou um problema para o governo, mas não é suficiente para devolver o fôlego financeiro ao Bertin, que precisa de R$ 10 bilhões até 2014 para tirar seus projetos do papel – sendo R$ 7 bilhões para construção de 31 usinas. Seis delas atrasaram e estão inadimplentes na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A empresa também foi multada pelo atraso, em R$ 1,2 milhão, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para vender parte dos ativos elétricos, a empresa teria contratado o Banco Votorantim.

Mensalão do PSDB leva Marcos Valério de volta ao banco dos réus



Marcos Valério Fernandes de Souza, mais oito pessoas voltam ao banco dos réus nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, para responder processo pelo esquema que ficou conhecido como mensalão do PSDB mineiro. O bando é apontado como responsável pelo desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para financiar a campanha à reeleição do então governador e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB).

O tucano Eduardo Azeredo também é acusado, porém a ação contra ele tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na audiência desta quinta vão ser ouvidas testemunhas arroladas pelo Ministério Público.

As mesmas testemunhas de acusação prestaram depoimento na semana passada na Justiça Federal em Minas, por determinação do STF, na ação que pesa sobre Azeredo. No grupo indicado pelo então procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, e pelo Ministério Público Estadual (MPE) mineiro há políticos, ex-funcionários de estatais e profissionais que prestaram serviços durante a campanha de Azeredo à reeleição ao governo de Minas, em 1998.

Uma dessas testemunhas, o ex-presidente da Companhia de Saneamento (Copasa), Ruy José Vianna Lage, confirmou que recebeu ordem para repassar R$ 1,5 milhão da estatal para a agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério. Segundo a denúncia, os acusados desviaram recursos da Copasa e de outras estatais por meio de patrocínios de eventos esportivos. Os réus negam as acusações.

Além de Marcos Valério são processados também o ex-tesoureiro da campanha de Azeredo e ex-secretário Estadual de Administração, Cláudio Mourão; o ex-secretário de Comunicação do governo Azeredo, Eduardo Guedes; os ex-sócios de Valério nas agências DNA e SMPB, Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano de Melo Paz; o ex-diretor da Copasa Fernando Moreira Soares; os ex-diretores da Companhia Mineradora (Comig) - atual Codemig - Lauro Wilson de Lima Filho e Renato Caporali Cordeiro; e o ex-presidente do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) José Afonso Bicalho.
Informações Estadao

Além do Aécio, alguém mais acredita que o PSDB é um partido social-democrata?

BLOG DO SARAIVA
Aécio treinando para ser mais social-democrata do que o Serra

O Aécio começa a demonstrar que é bom de factóide. Talvez melhor do que o Serra.
Agora a conversa dele é dizer que o PSDB tem que se aproximar dos sindicatos (clique aqui).
Será uma crítica ao Serra, que tem horror a sindicato e a trabalhador?
Pois bem, o Aécio reconhece que o PSDB não tem base alguma no movimento social, com o que eu concordo.

Por base ele entende cooptação, embora diga que o PT é quem faz isso.

Ele esquece que o PT nasceu na época da ditadura, com uma forte base sindicalista e do movimento social. Não tem essa de cooptação.
Aliás, nem o Serra nem o Aécio dialogam com os movimentos sociais. Ou cooptam ou mandam a polícia bater.

Mas o melhor vem no final da matéria, quando ele diz o seguinte:

“Não podemos deixar como única alternativa para essas forças se aliar ao PT”, disse Aécio à Folha. Ele argumenta que “não existe partido social-democrata no mundo sem uma seção sindical“.

Vejam só, o Aécio acredita que o PSDB é um partido social-democrata, embora não tenha sido convidado para o encontro da Internacional Socialista recentemente.

Será que, além do Aécio, alguém mais acredita nisso?

Em tempo, o que significa “partido com seção sindical“?


Fala sério Senador Flexa Ribeiro

ANANINDEUA DEBATES
Opinião,Pensamentos e Política

"Foi uma frase infeliz, mal colocada, dita durante uma discussão mais acalorada. Eu espero que haja uma retratação pública do Amazonino, pelo homem público que ele é, como prefeito de Manaus, para que não haja nenhum tipo de desgaste na relação entre paraenses e amazonenses”, disse o Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Altamiro Borges: BBB despenca na audiência. Será o último?

BLOG DO SARAIVA

“Segundo a coluna “Outro Canal”, da Folha, a 11ª edição do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, registra a pior média de audiência do reality show ao longo dos últimos anos. Apesar de ser veiculado após a novela “Insensato Coração”, que se mantém na casa dos 32 pontos do Ibope, o BBB-11 teve abrupta queda de telespectadores e registrou média de 25,7 pontos de audiência.

Altamiro Borges, Vermelho

A decadência do programa apavora a família Marinho e anima os concorrentes. O Portal R7, da TV Record, observa que a queda de audiência hoje é mais acelerada. “Na quinta edição do BBB o programa bateu em média 50,3 pontos nas quatro primeiras eliminações, enquanto nesta 11ª temporada o índice ficou em 25,7 pontos... A queda foi gradativa com o passar dos anos”.

Alegria e lucro dos concorrentes

Na sexta edição, em 2006, o BBB registrou 45,2 pontos em média nas primeiras eliminações. Já no ano seguinte, ficou em 40,8 pontos. Entre 2008 e 2010, trafegou na faixa dos 30 pontos – 38,7 em 2008, 32,5 em 2009 e 30,9 em 2010. E neste ano foi para a zona dos 20 pontos pela primeira vez. A Rede Record não esconde sua felicidade com o abalo na hegemonia da TV Globo:
“As outras emissoras têm lucrado com a queda de números do BBB. A Band aumentou sua audiência média às terças-feiras de 1,9 ponto em 2005 para 3,6 em 2011 – crescimento de 89,4%. Já a Record teve aumento de 157,69% nos números – pulou de 5,2 pontos em 2005 para 13,4 neste ano”. O crescimento da audiência resulta em mais publicidade e mais lucros!
Big Brother “é um grande desserviço”
O alto comando da TV Globo já teria sentido o baque, orientando seus subordinados a “apimentarem” ainda mais o BBB. Novas baixarias, que estimulam os piores instintos humanos, devem pintar na telinha desta concessão pública. Segundo o Jornal do Brasil, “a situação do reality show continua alarmante e o sinal vermelho voltou a tocar no Projac... Mesmo com as tentativas de inovação, a décima primeira edição do programa anda fria e marcando a pior audiência do reality desde as primeiras semanas”.
Em recente entrevista ao portal Terra Magazine, o subprocurador-geral da República, Aurélio Rios, informou que o Ministério Público Federal está monitorando o BBB-11. “Achamos que (a atração) é um grande desserviço e serve muito à deseducação. Não estimula a criação, o princípio de solidariedade, os valores éticos”, explicou. Para ele, a classificação indicativa do programa é inapropriada. “Na minha opinião, apenas na minha opinião, não deveria ser para 14, mas para 18 anos”.

Artigo Completo, ::Aqui::




Folha reconhece que imprensa é golpista



publicado, originalmente, às 13:05 hs. de 23 de fevereiro de 2011

No último sábado, o jornal Folha de São Paulo reconheceu, publicamente, que pessoas como a maioria das que escrevem neste blog têm razão quando dizem que a grande imprensa brasileira é golpista. A partir desse momento histórico, portanto, espera-se que mesmo os seus simpatizantes mais exaltados parem de contestar o que ela mesma reconhece.

Reproduzo, abaixo, essa matéria da Folha que me foi mostrada pelo radialista Colibri, da Rádio Brasil Atual, durante entrevista sobre os 90 anos do jornal que gravei nos estúdios dessa rádio ontem e que foi ao ar na manhã desta quarta-feira. Em seguida, mais alguns comentários.

—–

A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o “Estado”, mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.

Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o “Estado”, a revista “Veja” e o carioca “Jornal do Brasil”, que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.

As tensões características dos chamados “anos de chumbo” marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a “Folha da Tarde” alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.

A entrega da Redação da “Folha da Tarde” a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), de Carlos Marighella, um dos ‘terroristas’ mais procurados do país, morto em São Paulo no final de 1969.

Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus proprietários. Os atentados seriam uma reação ao apoio da “Folha da Tarde” à repressão contra a luta armada.
Segundo relato depois divulgado por militantes presos na época, caminhonetes de entrega do jornal teriam sido usados por agentes da repressão, para acompanhar sob disfarce a movimentação de guerrilheiros. A direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins.

—–

Segundo relato de Colibri, ele trabalhava na Folha na época em que ela não apenas entregou a redação aos militares, mas ajudou-os a prender seus funcionários dentro de suas instalações, o que lhe valeu a piada de que era o jornal de maior “tiragem” do Brasil, pois vivia cheio de “tiras”. E o radialista nega que houvesse algum movimento organizado dentro do jornal.

Mas vejam só que coisa: a Folha diz que sua redação estava cheia de militantes da ALN e que, por isso, permitiu aos militares que fossem prendê-los dentro de suas instalações em vez de demiti-los, por exemplo. Essa era a visão do jornal sobre liberdade de imprensa, então. Isso mostra o quanto é vazio o seu discurso atual sobre o assunto.

A parte mais divertida da nota é a que afirma que “a direção da Folha não tinha conhecimento” de que seus carros eram usados para esse fim, como se fosse possível um empresário não ter conhecimento do que seus funcionários fazem com a sua frota de veículos. Sugere, aliás, que meros motoristas se apropriavam dos veículos para servirem à ditadura.
E um detalhe importante: notem que o jornal não diz que seus carros não foram usados para esse fim, mas que não tinha conhecimento desse uso.

Diante de tudo isso, penso que é plenamente justificável que as pessoas se indignem por os três poderes da República terem ido prestigiar uma empresa que tanto mal causou ao Brasil ao atuar de forma tão ativa em prol da censura e da supressão das liberdades democráticas, castigos a este povo que duraram duas décadas.

Contudo, o desalento com a rendição da República a esse jornal criminoso não altera o fato de que ninguém tem opção de desistir de apoiar este governo ou de deixar de militar em blogs como este. O editor deste blog não tem como desistir nem de uma coisa, nem de outra. É preciso muita “coragem” para desistir. Não sou tão corajoso.

José Serra, o eterno candidato



José Serra, candidato tucano derrotado duas vezes á presidência, ainda não desceu do palanque e está causando constrangimento a seus pares. Serra acusou a presidente Dilma Rousseff de marchar para "um estelionato eleitoral".

O senador Lindberg Farias (PT-RJ), reagiu a declaração do tucano em busca de holofote da mídia;

"Como falar em estelionato eleitoral menos de dois meses (depois) do início do governo Dilma? Quem entende bem de estelionato é o Serra, que assinou um documento em cartório prometendo cumprir seu segundo mandato de prefeito até o final".

Alguns políticos tucanos reprovaram reservadamente o tom de Serra

Nos bastidores, a postura assumida por Serra, de continuar no palanque de campanha eleitoral. tem incomodado não só uma parte dos tucanos, como também representantes do DEM. Há quem tenha percebido nas entrelinhas da entrevista do ex-governador muito mais que uma simples sinalização de que ele pretende se manter na vida pública. A impressão de alguns deles é que Serra não só trabalha para viabilizar uma nova candidatura à Presidência em 2014, como para impedir a possibilidade de o senador Aécio Neves (PSDB-MG) entrar na disputa.

Ouvi na semana passada de um deputado tucano que a ausência de Serra do cenário nacional ajuda a arejar o partido e diminui o clima de tensão e medo que prevaleceu nos últimos anos em razão de sua influência no comando do PSDB - confidenciou um líder da oposição, preferindo não ser identificado.


Senado aprova texto base do mínimo de R$ 545



O texto base do projeto de lei que define a política de valorização do salário mínimo foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, ressalvado os destaques. O texto prevê que o mínimo deverá ser reajustado conforme a soma da inflação do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro dos dois anos anteriores. O texto base aprovado há pouco determina que o reajuste do mínimo para este ano será de R$ 545.

Ainda de acordo com esse critério, o projeto define que a Presidência da República poderá reajustar o salário por decreto, sem precisar enviar novo projeto de lei ou medida provisória todos os anos para o Congresso Nacional.

O relator do texto, senador Romero Jucá (PMDB-RR) deu parecer contrário a todas as emendas apresentadas, mas três delas serão votadas nominalmente. Uma pede a subtração do texto do artigo que estabelece que o reajuste poderá ser feito por decreto. Outras duas tratam da ampliação do valor para R$ 560 e R$ 600.

Apenas dois senadores não participaram da votação: o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), que está doente, e o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que está em viagem.


Rádio Brasil Atual debate papel da Folha na ditadura


A Rádio Brasil Atual realizou um debate sobre os 90 anos da Folha de São Paulo e a ligação do jornal com a ditadura militar. Participaram da conversa com Oswaldo Luiz Colibri Vitta, Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania, e Sérgio Gomes, da Oboré.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Manual da Imprensa Golpista


Jovem estudante de jornalismo, não se iluda: a profissão que abraçará, à diferença de todas as outras neste país em processo de euforia econômica, oferece muito poucos bons empregos – entendam-se empregos em empresas que ofereçam perspectivas de ascensão profissional e econômica.

E os poucos empregos promissores que existem, nem são tão bons porque obrigarão o jornalista neófito a violar os princípios éticos que lhe forem ensinados na universidade e a própria dignidade, tendo que curvar a espinha a cada edição do veículo em que for trabalhar. E em qualquer vertente do jornalismo da grande imprensa.
Essa situação se deve à concentração da propriedade de meios de comunicação, à propriedade cruzada desses meios e dos critérios políticos para entrega de concessões públicas de rádio e tevê a algumas poucas famílias que controlam toda a grande mídia brasileira.

Acima de todas essas famílias midiáticas, míseras quatro controlam o “centro nervoso” da comunicação no Brasil: as famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita. Depois delas, mais umas três ou quatro formam tentáculos dos quais se ramificarão mais algumas dezenas de empresas de médio e pequeno porte que reproduzirão o que veicular o tronco dessa árvore cartelizada da comunicação.

A oportunidade de conseguir algum dos poucos empregos nesses veículos só existirá na medida em que você, caro estudante de jornalismo, estiver disposto a seguir um manual que vai mudando de personagens através dos anos, mas que mantém sempre os mesmos “princípios”.
Esse manual se baseia, acima de tudo, em crenças e conveniências político-ideológicas e econômicas das famílias midiáticas. E como essas empresas se amparam em benesses que conseguiram institucionalizar no Brasil por terem permanecido “amigas” do Estado por décadas incontáveis, tudo passa pela postura político-ideológica do candidato a emprego.
Se você, estudante de jornalismo, desviar-se dos ditames dessa postura, estará condenado a se tornar assessor de imprensa de empresas, políticos ou celebridades, ou a tentar a imprensa dita “alternativa”, que mal consegue sobreviver justamente porque os recursos públicos são uma espécie de monopólio das famílias supracitadas.

A seguir, leia e entenda esse manual de corrupção e submissão da alma. E decida se é o que quer para você.

—–

MANUAL DA IMPRENSA GOLPISTA
1 – Ser antipetista, mas sempre se dizendo um petista “arrependido devido à corrupção do governo Lula”.

2 – Afirmar que o êxito econômico e social do Brasil durante o governo Lula é mérito do governo FHC, ignorando todas as catástrofes sociais e econômicas que ocorreram no governo tucano.

3 – Afirmar que a ditadura militar de 1964 foi implantada para “impedir uma ditadura comunista no Brasil”, mas sem jamais perguntar onde estão as provas disso.

4 – Afirmar que a Venezuela é uma ditadura mesmo a despeito de que vige o voto livre no país e de que nenhuma das suas muitas eleições sofreu qualquer questionamento sério, tendo sido todas referendadas por observadores internacionais.

5 – Condenar previamente todos os petistas envolvidos no escândalo do mensalão – José Dirceu à frente – com base apenas no fato de que estão sendo julgados. E afirmar, peremptoriamente, que Lula foi o mentor de tudo.

6 – Dizer que todas as absolvições de petistas e aliados em processos judiciais decorrentes de escândalos inflados ou inventados pela mídia são produto de farsa jurídica, enquanto usa as absolvições jurídicas de tucanos para denunciar que foram vítimas de armações políticas.

7 – Jamais investigar qualquer denúncia contra o governo paulista ou contra qualquer tucano, limitando-se a fazer uma matéria meio antipática a cada seis meses ou um ano só para disfarçar, enquanto produz ataques diários a petistas e aliados.

8 – Afirmar que Lula foi culpado pelos desastres dos aviões da TAM e da Gol apesar de que as investigações e perícias mostraram que foram culpa de pilotos e do equipamento.

9 – Afirmar que Antonio Palocci violou o sigilo do caseiro Francenildo apesar de o atual ministro-chefe da Casa Civil ter sido absolvido pela Justiça.

10 – Ficar do lado da Itália e contra o Brasil na questão da extradição do ativista italiano Cesare Battisti, assumindo cada argumento italiano in limine e criticando sempre os motivos do governo brasileiro, ignorando qualquer argumento em contrário.
11 – Ficar sempre a favor de golpes ou tentativas de golpes de Estado contra governos de esquerda, como no caso de Honduras, Venezuela ou Bolívia, e ficar no mínimo isento em casos assim quando o governo for de direita.

12 – Sempre lembrar com muito, mas muito maior ênfase o que persiste de ruim no Brasil do que o que melhorou, atribuindo todos os problemas históricos do país ao governo Lula, acusando-o por não resolvê-los de uma vez e desconsiderando o que fez para diminui-los como nenhum outro governo.

13 – Sempre puxar o saco de FHC apesar de ele ser rejeitado por quase 80% da opinião pública, segundo as pesquisas sobre sua popularidade.

14 – Sempre tratar Serra como vítima do PT, apesar de ser talvez o político mais beligerante do país ao lado de Ciro Gomes.

15 – Sempre afirmar que o PT fez, sim, dossiês contra o PSDB, apesar de jamais ter surgido uma única prova cabal dessa hipótese.
16 – Sempre dizer que o estilo discreto de Dilma agrada mais a todos do que a “verborragia” de Lula, mas sempre sem dizer de onde tirou a informação.
17 – Garantir que Serra não foi atingido por uma bolinha de papel na campanha eleitoral passada, mas por um rolo de fita crepe pesando 1 quilo, ignorando as perícias de universidades dizendo o contrário.

18 – Bloquear, em colunas de cartas de leitores, quase todas as manifestações favoráveis ao PT ou a governos do “eixo do mal” de outros países, ou seja, de Cuba, Venezuela, Irã e Bolívia. E, ao mesmo tempo, brandindo sempre intenções de petistas de promoverem “censura”.
19 – Ser visceralmente contra cotas para negros nas universidades, afirmando sempre que formados através dessas cotas serão profissionais inferiores, apesar dos estudos das universidades que mostram que cotistas se saem igual ou melhor do que os não-cotistas.
20 – Tratar o MST como uma organização criminosa violenta apesar de os sem-terra serem vítimas de atrocidades homicidas praticadas pelos latifundiários, que dificilmente sofrem violência física na disputa pela terra.

21 – Entender, aceitar e defender a premissa de que jornalista que quer ganhar dinheiro e ser famoso hoje no Brasil só pode ter uma opinião: a do patrão.
—–
Deve faltar muita coisa nesse “manual” de antijornalismo da Imprensa golpista. Quem se lembrar de algo que não tenha sido mencionado pode complementar a lista, que irá sendo aumentada conforme as sugestões não-repetidas forem chegando.


Isolados por pedágio estocam gás e comem pão velho


O governador Geraldo Alckmin continua sendo serviçal de um punhado de empresas privadas que monopolizam as principais rodovias do Estado de São Paulo.
A multiplicação do número de praças de pedágios e o aumento abusivo nas tarifas individuais completam o assalto “legalizado” que finalmente o hoje,a Folha, o jornal do PSDB, enxergou e resolveu publicar uma matéria para seus assinantes.
Leia a seguir a matéria na íntegra
Heraldo Ezier Bizi, 68, montou um estoque de seis botijões de gás dentro de casa -um para cada morador, já incluídos os dois netos.José Pedro Moreno Morcillo, 58, armazena comida.

Adenair Scardua, 65, comprou quatro galinhas para garantir os ovos do jantar.E há mais de um ano quase toda a vizinhança não come mais pão fresquinho, não recebe a visita da Guarda Municipal nem a pizza do delivery.
Não se trata de prenúncio de guerra nem catástrofe.

É só a vida de moradores que ficaram isolados pela implantação de uma praça de pedágio na SP-332, em Paulínia (a 117 km da capital paulista), com tarifa de R$ 7,65.

A cobrança, a cargo da concessionária Rota das Bandeiras, começou há 14 meses -na segunda etapa de concessões do governo paulista.Ela é feita num acesso lateral da estrada. O alvo eram caminhões de uma refinaria da Petrobras. Mas os moradores das casas espalhadas nas proximidades da fazenda Cascata ficaram sem alternativa de acesso a lugares indispensáveis como padaria, farmácia e banco.

O estoque de mantimentos é uma estratégia para atenuar a passagem no pedágio.

"Imagina pagar R$ 7,65 de manhã para comprar três pãezinhos, que não custam nem R$ 1. Aqui não existe comércio", diz a servidora Rosineide de Oliveira Moreno, 51.O marido dela reclama que não consegue nem receber a visita regular dos netos, mesmo morando a dez minutos deles. "Nem usamos a rodovia. É só para atravessar um pontilhão", conta José Pedro.

O transporte público não serve de opção -por ser uma área afastada, os ônibus só passam três vezes no dia.

A concessionária diz que os pontos de pedágio foram definidos pelo governo e que ela segue o contrato.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, não reconhece os problemas.

SEM SERVIÇO PÚBLICO

Queixas de isolamento devido à implantação de pedágio se repetem em outros lugares do Estado -inclusive em concessões do governo federal, como a Fernão Dias.Em Paulínia, há um agravante: esses habitantes, que a prefeitura estima em mais de mil, tiveram até serviços públicos reduzidos.

A Guarda Municipal não vigia mais a área separada pelo pedágio -alega não ter isenção para seus carros e não ter como custear a tarifa para fazer a ronda."Não há possibilidade de prestar serviço público lá por conta da cobrança. Só em caso de emergência", afirma Ronaldo Pontes Furtado, secretário de Segurança Pública."O lixo era coletado três vezes por semana. Agora, é uma. O pessoal da saúde não vai porque tem pedágio", complementa ele.
Empresas que vendem gás, galões de água e material de construção interromperam as entregas na região -exceto se a tarifa de R$ 7,65 for paga pelo próprio cliente.Quem trabalha no centro de Paulínia passou a ter a despesa extra diariamente -num mês, beira R$ 200.
Morador do local há 14 anos, Espedito de Paula Dias, 80, diz que nunca mais recebeu os clientes que compravam as abóboras de seu sítio.A rota à cidade vizinha, Cosmópolis, não adianta. A 3 km, tem outro pedágio, de R$ 5,45 -na ida e na volta.


Governo gaúcho oferece à Telebrás sua rede para Banda Larga


Em reunião na última quarta-feira, entre o governador Tarso Genro (PT/RS) e o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, ficou acertado o uso da rede de fibra ótica da estatal Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) para Telebras implantar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no estado.
Hoje, a CEEE já tem 1,2 mil quilômetros de fibra ótica, e irá ampliar a rede para 2,3 mil km até 2014, alcançando todos os 496 municípios do estado. O investimento previsto é de R$ 61 milhões em quatro anos.
Política Industrial
De acordo com o presidente da Telebrás, o PNBL tem como objetivo não só levar a internet aos rincões do país, mas ampliar o parque industrial de equipamentos de telecomunicações brasileiro. “O projeto do governo brasileiro é de, utilizando a banda larga como desafio tecnológico, desenvolver a indústria do Brasil. E o Rio Grande do Sul tem muitas empresas que já são fornecedoras da Telebrás e podem ser potencializadas. Além disso, está aqui também o Ceitec, que é um centro de excelência em engenharia eletrônica avançada que pode, no bojo desse projeto, alavancar o desenvolvimento do estado”, afirmou Santanna, em Porto Alegre. (do Hora do Povo)


O que falar de Dilma?



Pelo que parece, a “grande imprensa” vai passar quatro anos a se remoer. Achava que a presidenta seria cópia piorada de Lula. Dá-se o caso que, neste início de governo, ela surpreendeu a mídia. Exatamente no que menos
se esperava: está fazendo, desde o primeiro momento, o governo dela.

É engraçado ler nossa “grande imprensa” nos dias que passam. Seus colunistas e comentaristas vivem momentos difíceis, dos quais tentam escapar com saídas cômicas.

A raiz de seus problemas é que não sabem como lidar com Dilma Rousseff. Talvez achassem que seu governo seria óbvio. Que ela seria uma personagem que conseguiriam explicar com meia dúzia de ideias prontas.

Imaginavam, talvez, que o compromisso que ela assumiu com a continuidade do trabalho de Lula faria com que ficasse de mãos atadas. E, quando ela confirmou vários ministros e auxiliares do ex-presidente na sua equipe, devem ter tido certeza de que suas expectativas se confirmariam.

Achavam que Dilma seria uma cópia carbono de Lula. Piorada, naturalmente, pois sem sua facilidade de comunicação e carisma. Estava pronta a interpretação do novo governo: na melhor das hipóteses, uma repetição sem brilho das coisas que conhecíamos. Para quem, como nossos bravos homens e mulheres da “grande imprensa”, achou que o governo Lula havia sido uma tragédia, o de Dilma seria uma farsa. Como dizia o velho Karl Marx, quando a história se repete, é isso que acontece.

Dá-se o caso que, neste início de governo, Dilma os surpreendeu. Exatamente naquilo que menos esperavam: está fazendo, desde o primeiro momento, o governo dela.
Não há sinal mais evidente que a mudança que experimentou a parcela do ministério que manteve. Ficaram parecidos com os novos. São ministros dela e não ex-ministros de Lula.
Na verdade, esse é apenas um sintoma de que, em pouco mais de um mês, o governo Lula virou passado. Algo que era difícil antever aí está. Em grande parte, porque Dilma ocupou seu lugar, deixando claro que não é igual ao antecessor.

A “grande imprensa” brasileira estava preparada para essa hipótese, mesmo que a achasse improvável. Era o cenário da crise entre criador e criatura, tão frequente na política, que vem na hora em que o “poste” se rebela contra quem lhe deu vida. Não era pequena a torcida em favor desse desfecho: Dilma desentendendo-se com Lula, este aborrecido, ela enciumada, ele se sentindo traído, ela sozinha no Planalto.

Não é isso o que está ocorrendo. Lula não parece achar errado que Dilma tenha se sentado na cadeira que ele ocupou por oito anos e começado a governar desde o primeiro dia.

A frustração de perceber que quase nada do que imaginava está se verificando tem levado a “grande imprensa” a atitudes patéticas. Não há maior que a recusa em aceitar a decisão de Dilma de ser tratada como presidenta.
A insistência dos “grandes veículos” em só designá-la como presidente é pueril. Na língua portuguesa, as duas palavras existem, o que faz com que qualquer uma possa ser empregada. Se Dilma escolheu uma, que argumento justificaria negar-lhe o direito de usá-la?

É provável que os historiadores do futuro achem graça da implicância de nossos “grandes jornais”. Seu consolo acabou sendo pequeno: o que lhes resta é pirraçar, bater pé e chamá-la “presidente”. Um dia, quem sabe, farão como os jornalões argentinos, que acabaram respeitando a mesma opção de Cristina Kirchner (os jornais chilenos, mais educados, nunca recusaram a prerrogativa a Michelle Bachelet).

Nesta semana, nossos vibrantes “grandes jornais” passaram a achar ruim que Dilma houvesse feito uma foto colorida para acrescentar à galeria dos presidentes da República. Queriam que fosse em branco e preto, talvez por picuinha. Sugeriram que ela quer “aparecer demais”.

E assim vamos. Pelo que parece, a “grande imprensa” vai passar quatro anos se remoendo.
Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Trabalhador precisa de 56 anos para ganhar 1 ano de salário de deputados


Se um trabalhador que receber o salário mínimo aprovado na Câmara, de R$ 545, for à labuta por 56 anos ininterruptos – e não gastar nada – ele poderá enfim somar o equivalente ao que recebe um deputado federal em um ano.
O site Congresso em Foco fez essa conta e mostrou o tamanho do fosso que separa assalariados comuns dos parlamentares de Brasília.
Com o recente aumento aprovado no fim do ano passado, os congressistas, a presidente, o vice e os 37 ministros recebem, por ano, 15 salários de R$ 26,7 mil , o que soma R$ 400,5 mil. Em recompensa por um mesmo ano de trabalho, um assalariado recebe 13 sálarios de R$ 545, o que perfaz R$ 7.085 .
Numa outra comparação, quem receber R$ 545 por mês vai levar quatro anos – também sem gastar nada – para alcançar o que parlamentares veem depositados em sua conta após um único mês de trabalho: R$ 26, 7 mil. Leia a íntegra da matéria aqui.

Na semana que vem, o Senado deve votar o reajuste do salário mínimo de R$ 510 para R$545.
Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o aumento, defendido pelo governo contra as propostas de R$560 e R$600 feitas pelas centrais sindicais e pelo PSDB.

Conservadores britânicos acreditam que Dilma ‘tranquilizou’ o mercado capitalista



Para os conservadores britânicos, o Brasil é de novo o paraíso da boa vida para o capital internacional

Perdeu quem apostava na tomada de decisões governamentais capazes de levar o Brasil ao horizonte de um país socialista, com a vitória da petista Dilma Rousseff. A conclusão é da revista conservadora semanal britânica The Economist. Nas primeiras seis semanas do novo governo, a presidenta Dilma “tranquilizou” quem achava que ela seria mais ideológica do que seu “pragmático” antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e deu mostras de que dará mais atenção aos direitos humanos na política externa brasileira, afirma a Economist na edição que chegou aos assinantes nesta sexta-feira. A reportagem, no entanto, afirma que apesar de tudo, Dilma será julgada por sua performance na condução da economia.

“Poderá ela sustentar o rápido crescimento sem sacrificar a estabilidade econômica? A tarefa não é fácil”, questiona o texto, alegando que Dilma herdou “uma economia superaquecida, com a inflação se acelerando e com empresários se queixando do real forte”.

A revista elogiou o fato de o governo ter rapidamente se comprometido com a austeridade fiscal, mas advertiu que o plano de cortar R$ 50 bilhões do orçamento deve ser “insuficiente” e “difícil de implementar”. Isso porque a maior parte do orçamento consiste de coisas difíceis de ser cortadas, como pagamento do funcionalismo, saúde, educação, além dos programas sociais que Dilma prometeu manter intocados.

“Dilma pode ter que aumentar impostos, mas alguns analistas acham que ela vai recorrer a investidores privados para financiar melhorias nos transportes (de olho na Copa do Mundo e nas Olimpíadas). Isso pareceria uma virada radical: durante a campanha presidencial, ela criticou seu adversário, José Serra, pelas supostas tendências privatizantes dele”. A questão, segundo a revista, é se a presidente conseguirá promover a competitividade das empresas brasileiras, trazer investimentos privados ao crucial setor aeroportuário e conseguir que o Congresso aprove reformas que dinamizem o país.

Mercado atraente

Ao mesmo tempo, outra reportagem da própria Economist diz que o Brasil se tornou um mercado extremamente atraente para fundos de private equity e fundos hedge. Ambos privilegiam o risco e proporcionam altos ganhos de capital aos investidores. Entre os motivos estão “a maturidade do mercado de capital”, a variedade de opções para o investidor e a redução das taxas de juros (com relação ao patamar de 2003, de 26,5%). “Em vez de só aparecer para visitar, (os fundos) agora querem montar escritórios (no Brasil) e contratar negociadores locais”.

A reportagem conclui que mercados emergentes como o brasileiro ainda oferecem riscos – a inflação é um deles –, mas as turbulências do passado deixaram o país mais preparado. Nas palavras de um investidor externo, é como se “eles (os brasileiros) tivessem feito muita quimioterapia e sobrevivido”.

Da Teologia da Libertação ao novo ópio das multidões

Manuel Dutra
Jornalismo, Ciência, Ambiente
A enorme proliferação de “igrejas” por todo o Brasil é um dos fenômenos do nosso tempo. Andar pelo interior do País e também nas cidades grandes, como Belém, significa deparar-se com tantos templos, de todos os tamanhos, de todos os tipos de construção, dos mais toscos aos mais sofisticadas. Nos frontais, nomes os mais variados.(Fotos: MD)
Foto 1 - No interior: A placa anuncia a construção de mais um tempo: lugar de oração e reflexão ou lugar de alienação e distanciamento dos problemas sociais e políticos?

Pastores, obreiros, apóstolos estão por todo canto – nas estações rodoviárias, nos mercados, nas ruas comerciais chamando fiéis para o seu rebanho ou, para ou muitos espertalhões, para a sua conta bancária.
É a vitória das poderosas investidas do mundo capitalista contra a Teologia da Libertação dos anos 70.
Contra um modo de ver Deus e o mundo, o governo dos Estados Unidos à frente, uma autêntica guerra em todas as frentes foi desfechada contra a visão religiosa que vê os pobres não como produtos do acaso ou da vontade de Deus, mas que vê os pobres como fruto da injustiça e dos sistemas de poder dominantes.
Foto 2 - Em Belém, na zona comercial, esquina das ruas General Gurjão e Frutuoso Guimarães: Na tosca construção, o apelo multinacional tão comum no frontispício desses templos.

Há 30 anos, sob o governo Reagan, reuniu-se na cidade de Santa Fé (nome escolhido a dedo) no Estado do Novo México, um grupo bem “religioso”, incluindo aí agentes da CIA. Objetivo: planejar o desmantelamento da Teologia da Libertação na América Latina.
Mas o objetivo maior era, e é, manter a multidão latino-americana alheia às raízes de seus problemas sociais e políticos. A idéia era manter e fomentar uma multidão de cordeiros que não reage aos ataques dos lobos. Parece que o grupo de Santa Fé levou a melhor, ao menos por enquanto.
Teólogos como Leonardo Boff e outros foram expulsos da Igreja Católica. Os dois últimos papas colocaram no esquecimento bispos da estatura de dom Paulo Evaristo Arns, de São Paulo, e todos os outros que incentivavam a Teologia da Libertação.
A alienação maciça das multidões pobres do Brasil e da América Latina, programada, financiada e executada a partir de Washington, com a ajuda do capital de lá e de cá, está aí, na forma de proliferação de “igrejas” umas tacanhas, na beira das estradas, e outras transformadas em empresas multinacionais, donas de parte da mídia hegemônica, invadindo inúmeros países.
..................................................................

Imagine a seguinte conjuntura política: ditaduras militares apoiadas pelos Estados Unidos em inúmeros países da América Latina. O período? Fins da Guerra Fria, década de 1980. Os potenciais “inimigos” do Tio Sam? Grupos guerrilheiros e partidos de esquerda. Certo? Errado. Para a CIA, “a Teologia da Libertação e as suas células conhecidas por CEBs (Comunidades Eclesiais de Base)” eram, há 30 anos, os reais agentes capazes de “desestabilizar” a região.Assim começa artigo Os Filhos da Teologia da Libertação, de Marcelo Netto Rodrigues, no Jornal Brasil de Fato. Leia Aqui: